Erros mais comuns na Decoração – Parte 2: Os móveis
Lembram que no texto anterior nós falamos sobre o uso das cores? Pois bem. Hoje vamos continuar com a série sobre os erros mais comuns cometidos por quem não é especialista em decoração e vamos falar de algo que faz toda a diferença, mas não lhe é dada a devida importância: os móveis. Não apenas sobre a estética, mas como organizá-los nos ambientes para que a composição fique harmoniosa para a visão e também seja confortável para quem transita por eles.
Móveis normalmente são grandes, caros, difíceis de transportar e de montar. Não dá para ficar trocando só porque não ficou legal naquele cômodo, então, ao comprá-lo, é preciso que a escolha seja muito bem pensada, levando em consideração os seguintes fatores: tamanho, circulação, material, estilo e qualidade. Vamos explicar cada um desses itens.
O tamanho do móvel vai depender também de algumas questões, como o efeito que você quer que ele dê ao ambiente, pois um móvel grande causa um efeito dramático e atrai a atenção para si, enquanto um pequeno é mais discreto e clean. Porém, é preciso avaliar se suas necessidades serão atendidas por um móvel pequeno ou se realmente é preciso que ele seja grande. Pense em quantas pessoas vão usá-lo, se ele comporta todas elas, se é confortável, se caberá tudo o que você tem para guardar dentro dele, etc.

Aí vem outra questão: Você tem espaço para esse móvel? Antes de comprar, avalie o ambiente e escolha o lugar onde ele ficará. À disposição dos móveis em um ambiente, damos o nome de layout. Meça o cômodo com uma trena e veja quanto espaço você tem para o móvel, no caso de armários, se será possível abrir portas e gavetas tranquilamente; se sofá, a qual distância ele ficará da TV; para mesa de jantar, se ela receberá bem as cadeiras e a circulação de pessoas ao redor.
Além de ser necessário no mínimo 60 centímetros para circulação entre os móveis e paredes, também deve-se verificar se isso ocorre de forma fluida. Ao atravessar um cômodo, você não deve ter que ficar desviando de móveis; se isso acontece, é sinal de que o layout precisa ser repensado. Portanto, compre móveis que caibam folgadamente no seu ambiente. É sempre tentador comprar um móvel grande, pois ele parece ser mais bonito e confortável, mas se ele for grande demais para o cômodo, além de não cumprir sua função como deveria, o ambiente vai ficar pesado e com cara de desarrumado. Se o cômodo for muito pequeno, há várias soluções para aproveitar cada cantinho sem que pareça entulhado.

Os móveis também têm que estar em harmonia com o resto da decoração, para isso, leve em conta os materiais com os quais eles são feitos e o estilo. Um erro comum é usar vários móveis da mesma cor ou material, isso deixa o ambiente cansativo e sem graça. A variação de cores e texturas é muito mais interessante, mas deve-se cuidar para que haja harmonia entre todos esses elementos. É possível combinar madeira rústica com material high-tech? Sem dúvida! Mas isso exige cuidado; se pintar dúvida, consulte um profissional.
O material também pode destacar ou esconder. Para dar destaque, o material de um móvel deve contrastar com os outros elementos pela textura ou cor, como um sofá de suéde amarelo em uma sala com paredes cinza e piso de granito. Para esconder, deve ter a mesma cor ou material daquilo que está ao redor. Para disfarçar um grande armário, por exemplo, pinte-o da mesma cor da parede.

Hoje em dia há tantos estilos e ramificações que é praticamente impossível identificar apenas um deles na decoração de um ambiente, e móveis de um determinado estilo podem se encaixar em vários estilos de decoração diferentes, porém há os similares e os contrastantes. É mais difícil harmonizar uma mesa rústica de madeira de demolição em um ambiente contemporâneo que em uma decoração tropical, portanto escolha com cuidado.

Quando for adquirir um móvel, além de pensar em tudo isso, tenha uma última coisa em mente: a qualidade. Por muito tempo eu tentei economizar (como todo capricorniano) e comprar móveis de qualidade inferior, mas aprendi na prática que o barato muitas vezes sai caro. Não quero dizer que o que tem valor alto sempre é de qualidade, nem que o que é barato é sempre porcaria; há muitos casos em que isso não se aplica. Mas quando vir aquela oferta imperdível, pare um pouco para avaliar com mais cuidado se a qualidade do móvel, tanto do material quanto estética, realmente vai te satisfazer. Se não, vale a pena esperar e comprar um móvel de boa qualidade, mesmo que custe um pouco mais caro. Vai por mim.
Thi Garcia
Sou fascinado pela beleza do nosso Planeta, doido por experimentar e descobrir todas as cores, aromas e sabores que a Natureza guarda. Vejo o mundo como uma criança que nada entende, mas tudo quer aprender. Através das mãos, dou vazão à criatividade que batuca na minha cabeça, desenhando, pintando, costurando, cozinhando ou construindo.A ideia de parar de comer carne foi a primeira tesourada para cortar as amarras de todos os paradigmas que me impedem de alçar voo neste Universo, compreendê-lo e tomar consciência do meu papel como parte Dele.
Pingback: Feng Shui - Aproveitando as boas energias -